A tuberculose continua presente e com dados que preocupam em Santa Catarina

Tuberculose

A tuberculose é uma doença respiratória infecciosa que, se não tratada da forma correta, pode levar à morte. Os dados referentes a pacientes não curados em Santa Catarina são alarmantes, por estarem abaixo recomendação do Ministério da Saúde. Com quase 2 mil casos registrados a cada ano, a taxa de cura é de apenas 70,5%, enquanto o Ministério da Saúde recomenda que ela seja de 85%. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que provoca estes índices abaixo do esperado é o elevado número de pacientes que abandonam o tratamento, que chega a 7,2%, enquanto o recomendado é de 5%. Este tratamento possui duração mínima de seis meses e é necessário tomar o medicamento diariamente. Caso ele não seja seguido à risca, os bacilos podem se tornar mais resistentes, complicando o quadro clínico e exigindo um tratamento ainda mais extenso, que pode chegar a dois anos.

Segundo a OMS, o Brasil é um dos 22 países com alta carga da doença, ocupando a 18ª posição. Para ter uma ideia, em 2015, último ano em que este relatório foi produzido, foram registrados 67 mil novos casos e 4,6 mil mortes em decorrência da doença.

Sintomas e diagnóstico

Embora algumas pessoas não apresentem sintomas, os indícios mais comuns para tuberculose pulmonar são:

– Tosse persistente por mais de três semanas;
– Febre no final da tarde;
– Cansaço fácil;
– Dor no peito;
– Emagrecimento;
– Suores noturnos;
– Pode existir catarro amarelado, esverdeado ou com sangue.

O diagnóstico em casos de suspeita de tuberculose inclui exames laboratoriais, como a baciloscopia direta do escarro e exames de imagem. Lesões determinadas pela doença que acometem preferencialmente os pulmões (mas não unicamente) são visualizadas em radiografias de tórax e tomografia computadorizada. As imagens podem apontar não só para a suspeita de doença em atividade ou doença pregressa, mas também dar a dimensão de quanto o órgão pode ter sido comprometido pela tuberculose.

Prevenção

A forma mais segura de evitar uma das formas da doença é por meio da vacinação das crianças no primeiro ano de vida com a vacina BCG. A vacina protege contra a meningite por tuberculose e a disseminada. Já a tuberculose pulmonar pode ser prevenida ao evitar aglomerações, principalmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.