Com o processo natural de envelhecimento, aparecem algumas preocupações a respeito da saúde mental, como formas de prevenção para a demência, por exemplo, uma condição que afeta aproximadamente 55 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A demência pode ser caracterizada por diversas doenças que apresentam quadros de deterioração da função cognitiva, gerando danos ao cérebro do indivíduo. Ao contrário do que muitos podem crer, a demência não atinge a consciência, mas tem impactos que podem ser extremos ao comportamento social, controle das emoções, mudanças de humor e na motivação diária, afetando não apenas os pacientes, mas também toda a sua cadeia de relações, como familiares e a sociedade como um todo.
Existem fatores que influenciam no desenvolvimento de demência, como faixa etária acima dos 65 anos, hipertensão, falta de controle do diabetes, obesidade, tabagismo e excesso de álcool, sedentarismo e depressão, por exemplo.
Como ficar em dia com a prevenção para a demência
A prevenção para a demência existe, sim, segundo a OMS, que estima que cerca de 45% dos casos podem ser evitados ou, pelo menos, adiados, bastando que se mudem alguns hábitos de vida, como os recomendados a seguir:
1. Praticar atividades físicas com frequência
Auxilia não apenas o corpo, como também a mente a funcionar de maneira mais alerta e disposta; são indicados de 150 a 300 minutos de exercícios moderados por semana para todos os adultos.
2. Evitar o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas
Estes dois fatores não são apenas recomendados na prevenção para a demência, mas também para um vasto rol de doenças, pois são extremamente prejudiciais à saúde; a longo prazo, podem levar a lesões cerebrais e ao desenvolvimento de hipertensão, aumentando o risco de demências.
3. Estar atento a sinais de perda auditiva
Pessoas com dificuldade de audição tendem a se isolar socialmente, perdendo importantes estímulos para o cérebro; para sanar esse problema, aparelhos auditivos são uma solução simples e que reduz riscos de demência.
4. Controlar os níveis de diabetes
Quando não é tratado propriamente, o diabetes leva a índices altos e preocupantes de glicose no sangue, podendo causar danos em diversos órgãos, inclusive ao cérebro, potencializando o desenvolvimento de doenças como a demência.
5. Cuidar da pressão arterial
Uma pressão arterial elevada pode dificultar o fluxo de sangue para o cérebro, afetando o seu correto funcionamento; a adoção de uma rotina mais saudável e a inclusão de medicamentos para controle da hipertensão são fatores de prevenção para a demência.
Diagnóstico e prevenção para a demência
Alguns sintomas muito frequentes das demências incluem, entre outras:
– Esquecer-se de acontecimentos recentes;
– Confundir-se a respeito de lugares, ações e pessoas corriqueiras;
– Apresentar dificuldades para acompanhar diálogos e atividades, e encontrar soluções simples para problemas;
– Sentir ansiedade, nervosismo ou irritação repentinas;
– Perder controle de funções simples, como alimentar-se, locomover-se, controlar bexiga ou intestino;
– Comportar-se de maneira inapropriada, apresentando mudanças de personalidade.
Diante desses sinais preocupantes, é crucial buscar auxílio médico geriátrico, psicológico ou neurológico. O diagnóstico da demência abrange a identificação do tipo e da causa da doença, e é realizado baseado em investigações como:
– Diferenciação da demência de outros comprometimentos cognitivos ou de memória, analisando histórico do paciente ou por exame neurológico de estado mental;
– Testes neuropsicológicos formais que avaliam humor, prejuízo da memória associado à idade e déficits específicos relacionados a síndromes ou outras doenças;
– Descoberta de causas passíveis de serem tratadas, através de critérios clínicos, exames laboratoriais (como dosagem de TSH e vitamina B12) e exames de imagem neurológicos, como a ressonância magnética, que pode identificar doenças estruturais reversíveis ou metabólicas.
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