Por não ter uma causa única não é possível afirmar que exista uma forma 100% eficiente de prevenir o câncer, até porque há fatores genéticos que podem contribuir na predisposição desta doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, enquanto a genética corresponde de 10% a 20% dos casos.
Há diversas formas de diminuir as chances da doença se desenvolver, inclusive em pessoas com predisposição genética. Elas incluem desde mudanças de hábitos e estilo de vida até alguns cuidados com a saúde. Confira abaixo algumas delas:
1. Não fumar
O tabagismo causa uma série de problemas à saúde de fumantes e de pessoas que convivam com eles, incluindo câncer de pulmão, de cavidade oral, de laringe, esôfago e até mesmo de bexiga. Isso porque o cigarro libera mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas. Quanto mais cedo o fumante largar o vício, maiores as chances de ele restabelecer a sua saúde. Ou seja, largar o cigarro não é algo que dê para deixar para depois.
2. Alimentar-se de forma saudável
Alimentos muito processados, com altos teores de açúcar e gorduras e baixo valor nutritivo podem contribuir para o desenvolvimento do câncer. Por isso, evite produtos prontos para o consumo, como bolachas recheadas, congelados prontos para aquecer e bebidas adoçadas. Os alimentos que ajudam a prevenir o câncer são, em boa parte, os de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e demais leguminosas. Estes alimentos possuem alto valor nutricional, antioxidantes e fibras, que ajudam a proteger o corpo contra a doença, além de ajudarem a saúde de forma geral e na manutenção do peso.
3. Evitar o consumo de carnes processadas
Embora também se encaixe em uma alimentação saudável, destacamos o alerta de consumo de carnes vermelhas e processadas, principalmente salsicha, linguiça, salame, mortadela e patês. Os conservantes utilizados nos alimentos processados podem favorecer o surgimento de câncer. As carnes vermelhas, embora contenham proteínas, ferro, zinco e vitamina B, que são boas para nosso organismo, quando consumidas em excesso, também podem facilitar o desenvolvimento de câncer no intestino, uma vez que possuem grandes quantidades de ferro heme, nutriente essencial ao corpo, mas que, em excesso, pode ter efeito tóxico sobre as células. Por isso, o seu consumo deve ser limitado.
4. Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas
Além de causar outras doenças, como as relacionadas ao coração e ao fígado, o consumo de bebida alcoólica também está associado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, intestino e mama. O etanol tem o efeito cancerígeno sobre as células e, quando chega ao intestino, pode funcionar como solvente, facilitando a entrada de outras substâncias cancerígenas. É importante destacar que há uma evidente relação dose-resposta entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer. Ou seja, quanto maior a dose ingerida e o tempo de exposição, maior será o risco de desenvolver o câncer.
5. Praticar atividades físicas
Exercitar-se ajuda na saúde, na disposição e na sensação de bem-estar, além de ajudar na manutenção do peso corporal. Isso, claro, feito de uma forma saudável, de acordo com o ritmo da pessoa e com orientação profissional. O controle do peso é importante, uma vez que o sobrepeso e a obesidade aumentam as chances de desenvolver o câncer. Segundo o Inca, um terço dos casos de câncer pode ser evitado com a manutenção do peso por meio da alimentação saudável e da prática de atividades físicas.
6. Evitar a exposição ao sol em horários de pico
O tipo de câncer mais frequente no Brasil é o câncer de pele não melanoma, que pode ser evitado tomando cuidados na exposição ao sol. O ideal é evitar o sol das 10h às 16h e sempre se proteger dos raios solares por meio de protetor, chapéu, guarda-sol e roupas que protejam a pele. É importante lembrar que este cuidado não deve ocorrer apenas no verão, quando as pessoas vão à praia ou à piscina. Ao longo de todo o ano, no dia a dia, é importante estar protegido.
7. Vacinação contra hepatite B
O vírus causador da hepatite B está relacionado ao câncer de fígado, o que torna a vacina uma importante forma de prevenção. A vacina contra a hepatite B é disponibilizada pelo Ministério da Saúde nos postos de saúde de todo o Brasil a pessoas de todas as idades.
8. Vacinação contra o HPV
A vacina do HPV é distribuída gratuitamente pelo SUS e indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pacientes com HIV; transplantados na faixa etária de 9 a 26 anos e é uma das formas de prevenir o câncer de colo de útero. Isso porque alguns subtipos do vírus HPV podem causar a doença. Além da vacina, é importante que as mulheres que iniciarem sua vida sexual realizem o exame preventivo (Papanicolau), já que a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.
9. Amamentação
A amamentação até os dois anos ou mais ajuda a proteger as mães contra o câncer de mama. Além disso, o aleitamento materno é a primeira forma de proporcionar uma alimentação saudável ao bebê, sendo recomendado como alimentação exclusiva até os seis meses de vida. A amamentação prolongada também ajuda a proteger as crianças da obesidade infantil.
10. Atenção aos exames preventivos
A detecção precoce de tumores aumenta consideravelmente as chances de cura do câncer. Por isso, é fundamental estar em dia com os exames preventivos, nas mais diversas áreas e segmentos corporais. Nesta categoria vale citar mulheres acima de 25 anos, que devem realizar o Papanicolau, os homens que devem fazer o exame para detecção do câncer de próstata e as mulheres que devem fazer a mamografia de rastreamento, recomendada a partir dos 50 anos pelo Ministério da Saúde. Para este último grupo, a Ecomax conta com uma unidade especificamente voltada à realização de exames de imagem para mulheres. Saiba mais sobre a Ecomax Mulher.