É essencial que tenhamos cuidados com os joelhos, pois eles não são apenas meras articulações, mas também possuem uma função vital para nossa capacidade de movimentação e sustentação. Graças a eles, atividades consideradas tão simples como andar, correr, agachar e pular, são possíveis de serem realizadas. Os joelhos são responsáveis por dar suporte à maior parte do peso corporal, absorvendo os impactos de todos os nossos exercícios físicos, sejam leves ou intensos. Por esse motivo, os cuidados com os joelhos não devem ser negligenciados, uma vez que eles estão sujeitos a uma grande variedade de lesões ou doenças que afetam a mobilidade e, consequentemente, a qualidade de vida de pessoas de todas as idades.
Quem deve redobrar os cuidados com os joelhos?
Os cuidados com os joelhos devem existir independentemente de faixa etária ou estilo de vida, basta ter a devida atenção à rotina diária. São recomendados exercícios de fortalecimento e alongamento muscular, uma boa alimentação que mantenha o peso corporal adequado, utilizar calçados apropriados que aguentem os impactos causados pelas atividades físicas praticadas e o bom uso de equipamentos de musculação e de outros esportes, por exemplo.
Alguns públicos devem redobrar seus cuidados, seja por uma usual sobrecarga de altos impactos ou pelo envelhecimento natural do corpo. Confira abaixo:
Jovens:
Doenças nas articulações e, particularmente, nos joelhos têm aumentado entre pessoas mais jovens, geralmente devido a exercícios nem sempre praticados apropriadamente, sobrecarregando-os. Um dos esportes mais praticados pelos jovens hoje, o beach tennis, por exemplo, apesar de ter teoricamente um menor impacto pela superfície de areia, não o isenta de diversos riscos. É preciso que haja alongamento e fortalecimento, progredindo lentamente e respeitando seus próprios limites.
Atletas:
Quem compete em nível profissional precisa ter cuidados com os joelhos como uma verdadeira rotina, tendo em vista que lidam com cargas maiores de impacto, treinos constantes e uma cobrança competitiva maior. É necessário ter atenção à recuperação muscular, dando um tempo de relaxamento para que sua musculatura e articulações sejam preservadas. Apesar de serem comuns, as lesões em atletas causam afastamentos, frustrações profissionais e, muitas vezes, condições irreversíveis que os impedem de retornar à ativa, impactando seu bem-estar e autoestima.
Idosos:
Com o passar do tempo, é natural que as articulações e, principalmente, os joelhos sejam afetados, causando fortes dores e aquela sensação de travamento, especialmente nos casos em que os idosos não tenham incluído cuidados com os joelhos ao longo da vida. O envelhecimento gradativo da população é um alerta para que a manutenção do fortalecimento dessas articulações seja agregada como uma verdadeira necessidade, evitando problemas como imobilidade e até mesmo deformidades que impeçam atividades corriqueiras.
Lesões mais comuns na falta de cuidados com os joelhos
Em uma simples caminhada, o joelho tende a suportar de 2 a 3 vezes o peso do corpo, enquanto em uma corrida, a carga sobre eles aumenta de 8 a 9 vezes. No caso de atividades com salto, por exemplo, o impacto é ainda maior: de 12 a 13 vezes. Neste sentido, podemos compreender como são necessários os cuidados com os joelhos, já que existe um grande estresse causado a eles ao longo de todo o dia, sendo extremamente suscetíveis a lesões.
Alguns dos problemas mais frequentes que exigem maiores cuidados com os joelhos, incluem:
1. Osteoartrite
Uma doença originada pelo desgaste da cartilagem e outros tecidos da articulação do joelho, geralmente comprometendo a qualidade de vida do paciente. Pode ser causada por peso excessivo, perda da qualidade da cartilagem devido ao envelhecimento, motivos ocupacionais, entre outros, sendo predominante em idosos. Os sinais mais comuns são dores, inchaços e perda da mobilidade.
2. Lesões em ligamentos
As lesões ligamentares nos joelhos são, usualmente, provocadas por estiramento ou ruptura de algum dos 4 ligamentos cruciais para o movimento: cruzado anterior, cruzado posterior, colateral lateral e colateral medial. São geralmente provocadas em atividades esportivas ou movimentos bruscos, provocando inchaço anormal, dores persistentes e sensação de instabilidade.
3. Lesões do menisco
O menisco é formado por estruturas internas que amortecem e estabilizam os joelhos, sendo que lesões na região são geralmente originadas por torções, movimentos de rotação, sobrecarga ou desgaste natural. Os sintomas compreendem dores nos joelhos que evoluem, inchaço, dificuldade de mobilidade.
4. Tendinite patelar
Esta condição é caracterizada pela inflamação do tendão que conecta a patela ao osso da perna, frequentemente encontrada em movimentos de saltos repetitivos, como é o caso de atletas, podendo também acometer aqueles que tenham algum tipo de desalinhamento nos membros inferiores. A dor é sentida na frente do joelho, logo abaixo da rótula, sentida especialmente ao pular ou subir escadas.
Exames indicados nos cuidados com os joelhos
Qualquer sintoma sentido deve ser imediatamente analisado por um médico ortopedista. O diagnóstico de lesões e doenças nos joelhos é um processo que exige que a causa exata seja descoberta, a fim de proporcionar tratamentos mais eficazes e assertivos.
Por ser uma área complexa, os médicos geralmente utilizam uma combinação de técnicas para certificarem-se de fornecer os melhores cuidados com os joelhos. Os exames mais realizados são:
– Exame físico completo: avalia o grau de dor, inchaço, vermelhidão, amplitude de movimento e a força. Movimentos específicos ou testes podem ser empregados para identificar regiões de sensibilidade ou instabilidade;
– Raio-X: as radiografias são frequentemente utilizadas para obter a visualização da estrutura óssea do joelho, observando se existem fraturas ósseas, osteoartrite ou outros problemas.
– Ressonância magnética: um método bem mais detalhado que permite analisar ossos e tecidos moles do joelho, como ligamentos, cartilagens e meniscos, diagnosticando lesões como rupturas de ligamentos ou danos ao menisco.
– Ultrassom: a ultrassonografia pode ser complementar à análise de tecidos moles ao redor do joelho, como músculos, tendões e bursas, sendo útil para identificar condições como tendinite ou bursite.
Diagnosticar apropriadamente e de maneira precisa as condições que acometem os joelhos é crucial para determinar o tratamento mais eficiente, sejam sessões de fisioterapia, o uso de medicamentos ou, em determinados casos, a cirurgia.
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