Lúpus: o que você precisa saber sobre esta doença

Imagine que os seus anticorpos, aqueles mesmos que combatem vírus e bactérias, comecem a “atacar” o seu próprio corpo. Isso é o que acontece nas doenças autoimunes, como o lúpus.

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune crônica, que pode afetar vários órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro.

O nome da doença data desde a idade média, quando as pessoas achavam que uma mancha que surge no rosto de algumas pessoas se parecia com a que está presente nos rostos de alguns tipos de lobo – por isso a doença se chama lúpus. Com o nome completo de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), trata-se de uma doença inflamatória autoimune, mais frequente nas mulheres do que nos homens.

Sintomas e diagnóstico de lúpus

As causas exatas da LES ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais, infecciosos e ambientais, podem levar a este comportamento “desequilibrado” do organismo, de “autoataque”. Os sintomas podem variar bastante de um paciente para o outro e o lúpus costuma mostrar uma evolução constante, com períodos mais acentuados e outros mais brandos.

O que é necessário destacar é que a intensidade dos sintomas também pode variar bastante de paciente para paciente. É importante esclarecer isso pois muitas pessoas se assustam quando recebem o diagnóstico da doença, associando-a aos quadros mais graves.

Os sintomas podem se desenvolver lentamente ou surgirem de uma hora para a outra. Entre os sinais da doença, os mais comuns, registrados em cerca da metade dos pacientes, são:

– Dor nas articulações;
– Rigidez muscular;
– Inchaços;
– Sensibilidade à luz ou ao sol;
– Irritações na pele (vermelhidão na face em forma de borboleta, sobre as bochechas e ponta do
nariz).

Alguns outros sintomas, menos comuns, mas  que também podem estar associados à doença  e dependem mais do órgão/tecido afetado são:

– Cansaço;
– Dificuldade para respirar;
– Dor de cabeça;
– Confusão mental e perda de memória;
– Queda de cabelo;
– Linfonodos aumentados;
– Feridas na boca;
– Dor abdominal.

Por ter sintomas que podem estar relacionados a outras condições clínicas, é fundamental contar com o diagnóstico correto da doença. Conforme orienta o Ministério da Saúde, para o diagnóstico de LES é preciso minuciosa consulta clínica, com anamnese e exame físico completos, além de alguns exames específicos.

A doença não tem cura, porém, o tratamento ajuda a controlar a atividade da doença, reduzindo os sintomas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Não há um tratamento padrão para o lúpus justamente por ela apresentar características tão diferentes em cada paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento certo são fundamentais para garantir a qualidade de vida do paciente.

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