Você sabe qual é a diferença entre cálculo renal e pedra na vesícula? Apesar dos nomes parecidos e por vezes serem confundidos por ambos causarem dores abdominais, as duas situações são completamente diferentes, afetando sistemas distintos. Neste post explicamos o que é e como cada um deles se comporta.
Cálculo renal
Conhecido popularmente como pedra no rim, o cálculo renal ocorre no sistema urinário, que é composto por rins, ureteres, bexiga e uretra. Cada cálculo (pedra) é uma pequena massa sólida que se forma a partir de pequenos cristais. Apesar do nome, o cálculo pode ser encontrado não apenas nos rins, mas em qualquer órgão do trato urinário. Quando o cálculo (ou os cálculos) está nos rins ele não costuma gerar sintomas, no entanto, o seu deslocamento a partir dos rins pelos ureteres, em direção à bexiga e à uretra, causa cólica renal.
As causas mais frequentes para a existência de cálculos renais têm relação com o volume insuficiente de urina causado por desidratação ou baixa ingestão diária de líquidos, além de distúrbios metabólicos que resultam em excesso de excreção urinária de cálcio, fosfato, oxalatos e cistina ou pouca excreção urinária de citrato. Também podem causar pedras nos rins os distúrbios metabólicos do ácido úrico e da glândula paratireoide.
Cálculo na vesícula
Também chamada de pedra ou cálculo biliar, a pedra na vesícula tem relação com o sistema hepático, associado ao fígado. Estas pedras se formam na vesícula biliar e podem ser encontradas lá ou nos dutos biliares. O sistema dos dutos biliares liga a vesícula biliar ao duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado.
É importante salientar que a função da vesícula biliar é armazenar a bile produzida no fígado, que será utilizada para auxiliar na digestão dos alimentos mais gordurosos. Por isso, muitas pessoas com pedras na vesícula podem sentir dores abdominais e mal-estar quando consomem alimentos gordurosos. Assim como as pedras nos rins, os cálculos biliares também se formam a partir da aglomeração de cristais, mas por motivos distintos.
A presença de pedras na vesícula está associada a problemas de solubilidade do colesterol e das bilirrubinas (substâncias presentes na bile), que podem ser causados por fatores hereditários, metabólicos ou orgânicos. Além disso, alguns fatores de risco para a formação dos cálculos biliares estão associados a mulheres em idade fértil ou com mais de 40 anos, obesidade, dieta rica em gordura e pobre em fibras, terapia com estrógenos e antecedente pessoal de anemia hemolítica.
Como diferenciar os sintomas de cálculo renal e pedra na vesícula?
Apesar de ambas serem caracterizadas por fortes dores e em alguns casos náuseas e vômito (muitas vezes resultantes da dor em si), há peculiaridades nos sintomas que permitem diferenciar as duas situações.
A cólica biliar, causada pelas pedras na vesícula, é caracterizada por dor abdominal, mais frequentemente na parte da frente do abdome e do lado direito do corpo. Se os cálculos da vesícula se deslocarem e obstruírem os dutos biliares pode ocorrer icterícia (amarelamento da pele e da parte branca dos olhos). Se o quadro evoluir para colangite (infecção dos dutos biliares) ou pancreatite (inflamação do pâncreas) a dor abdominal será contínua, acompanhada de febre e grave acometimento do estado geral do paciente.
Já o cálculo renal apresenta fortes dores na parte do dorso (costas), no lado do corpo em que o cálculo estiver se movendo. Além disso, a dor pode irradiar para a região genital. Também pode haver presença de sangue na urina. A complicação mais frequente associada aos cálculos renais é a infecção urinária e é especialmente perigosa em pacientes com diabetes ou outra condição clínica imunossupressora.
Diagnóstico e exames de imagem
Além das evidências clínicas, exames de imagem podem auxiliar na busca de um diagnóstico definitivo e início do tratamento. O cálculo renal pode ser diagnosticado por meio do raio-X, ultrassom ou pela tomografia computadorizada.
Já as pedras na vesícula são melhor identificadas através do exame de ultrassom do abdômen. O exame é importante não apenas para identificar a existência das pedras, mas para saber melhor sobre a sua localização e se há um processo inflamatório associado.
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