Cada vez mais temos nos confrontado com a situação da crescente devastação do planeta, causando impactos sobre meio ambiente e saúde. As repercussões dessa intensa ação humana sobre todo o ecossistema têm nos aproximado de maneira cada vez mais veloz de um desequilíbrio, muitas vezes irreversível, do sistema natural e seus ciclos. Esta ruptura da harmonia ambiental pode levar a ocorrências cada vez mais frequentes de doenças contagiosas e pandemias, além de aumentar a gravidade de doenças emergentes.
Historicamente, as pesquisas apontam que as transformações prejudiciais que o homem tem causado ao planeta tornaram-se mais comuns após a Revolução Industrial. Desde então, os estudiosos ambientais consideram que certos processos já alcançaram níveis superiores aos limites aceitáveis e representam um risco elevado e imediato ao equilíbrio do nosso ecossistema: as mudanças climáticas globais, que acarretam a perda da biodiversidade e a mudança no ciclo do nitrogênio.
Meio ambiente e saúde: os riscos da degradação ambiental
A ação induzida pelo homem tem ocasionado alterações impactantes em diversas áreas do meio ambiente: na atmosfera, nos solos, nos aquíferos, nos oceanos e na biodiversidade como um todo. Segunda Organização Mundial da Saúde (OMS), essas transformações possuem a capacidade de abalar atividades econômicas, infraestruturas e ecossistemas, prejudicando, assim, meio ambiente e saúde.
As mudanças ambientais causadas pela humanidade ameaçam a sua própria qualidade de vida, causando escassez de alimentos e de água, provocando deslocamento de pessoas, elevando os riscos de desastres naturais e aumentando as chances de transmissão de doenças infecciosas.
Acompanhe abaixo alguns dos impactos causados pela ação humana sobre meio ambiente e saúde pública:
1. Mudanças climáticas globais
Tais mudanças são uma das maiores consequências negativas no meio ambiente, sendo estudadas e, frequentemente, alertadas como possíveis causadoras de epidemias e responsáveis pelas suas intensidades cada vez mais significativas. As condições climáticas têm sido consideradas como fortes influências sobre surtos de doenças infecciosas em níveis locais, regionais e até mesmo globais.
Além disso, as mudanças drásticas no clima também potencializam a mutação de agentes de doenças para as quais o homem não possui adaptação imunológica, elevando índices de infecções sem curas associadas e o consequente aumento de letalidades.
2. Contaminação hídrica
Outro grande impacto sobre meio ambiente e saúde são as transformações ligadas à veiculação hídrica. Uma das possíveis causas de transmissão de doenças infecciosas se dá pela poluição pesada das águas ocasionadas pelo contato humano desenfreado, refletindo na contaminação da água utilizada para consumo, lazer e preparo de alimentos.
Os poluentes lançados nas águas provêm de ações humanas ou pela falta delas, como a precária exposição a esgotos e à falta de saneamento básico. Técnicas inadequadas ou ausentes de escoamento de água das chuvas, em casos de enchentes e enxurradas, também servem como meio de transmissão de doenças como leptospirose e cólera.
3. Contato com animais silvestres
Muitas pesquisas sugerem que o contato com animais silvestres portadores de vírus são um dos fatores principais de surtos iniciais das denominadas doenças emergentes, como SARS, MERS, H1N1, ebola e, mais recentemente, o novo coronavírus. O contato com microrganismos de animais hospedeiros, como aves e roedores, por exemplo, pode colocar em risco a saúde em elevado grau. Algumas epidemias extremamente letais possuem registros de terem sido iniciadas pela interação entre humanos e animais, como a peste negra na Europa, transmitida por bactérias existentes em pulgas de ratos, supostamente levadas da Ásia até a Europa através do comércio intercontinental.
Como cuidar da relação entre meio ambiente e saúde
Como podemos ver, as degradações ocasionadas ao meio ambiente e saúde estão interconectadas, causando alterações no equilíbrio natural do planeta, levando ao surgimento rápido e desenfreado de surtos de doenças que, dependendo da disseminação atingida, pode ocasionar eventos pandêmicos, tais aqueles que presenciamos recentemente.
A diminuição da biodiversidade natural dos ecossistemas, o consumo crescente de carne de animais silvestres, seja por hábitos culturais ou pelo problema crônico de fome mundial, a urbanização desorganizada, o desenvolvimento mal planejado de sistemas de agropecuária e desmatamento legal, são alguns dos fatores que contribuem para a transmissão de agentes patogênicos, afetando a saúde populacional como um todo.
Cientes disso, e diante da evolução desmedida da degradação ambiental, o homem tem tomado a devida responsabilidade para si, ampliando a visão da comunidade científica sobre as sérias influências entre meio ambiente e saúde. Assim, as políticas de saúde dependem, dentre outros, da capacidade de dar suporte à vida através dos recursos naturais, garantindo alimento, água, o controle de doenças, a segurança física e o conforto que provêm da estabilidade do planeta.
O desenvolvimento sustentável, expressão tão utilizada por todos quando tratamos de meio ambiente, é fundamental para melhorar as condições de vida e de bem-estar dos povos, conectando o necessário crescimento econômico à crucial preservação ambiental, impactando as condições sociais de todos que habitam a Terra.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Ecomax relembra que os cuidados com nosso planeta influenciam diretamente nossa qualidade de vida, bem como a das próximas gerações. Um meio ambiente saudável proporciona uma vida melhor, mais longa e sustentável para todos nós!
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