O câncer de testículo corresponde a cerca de 5% dos casos de câncer entre homens e, apesar de parecer raro, preocupa pois costuma atingir homens em idade reprodutiva – entre 15 e 35 anos. O tumor pode ser confundido com inflamações no órgão, por isso é crucial entender mais sobre esta doença e incentivar os homens a realizar o autoexame dos testículos, além de consultas periódicas ao urologista e exames de rotina.
É importante esclarecer que os testículos, também conhecidos como gônadas masculinas, fazem parte do sistema reprodutivo, produzindo hormônios masculinos, como a testosterona, e o esperma, as células necessárias para a fertilização do óvulo feminino, gerando a gravidez. Os dois testículos estão localizados no saco escrotal, atrás do pênis e fora da cavidade abdominal.
Mas o que pode explicar o alto índice de câncer de testículo nos indivíduos mais jovens? Esta é a questão que buscaremos explicar melhor ao longo deste artigo. Continue lendo para saber mais sobre este tipo de câncer e descobrir por que este é o público mais acometido.
Fatores de risco para o câncer de testículo
Vimos que jovens adultos são mais propensos a desenvolverem o câncer de testículo, mas por que isto acontece nessa faixa etária? Tudo indica que a fase de maior atividade sexual e reprodutiva possa ser o motivo, já que neste estágio, as células passam por alterações que iniciaram desde a infância, ficando suficientemente avançadas e possibilitando o aparecimento de tumores na região dos testículos. Pode-se dizer que, em jovens adultos os testículos ainda estão em desenvolvimento, tornando mais comum o surgimento de anomalias celulares que podem levar a tumores.
Outros fatores de risco estão associados ao câncer de testículo, como:
– Síndromes genéticas;
– Testículo criptorquídico (que não migrou para o escroto antes do nascimento);
– Pacientes que tenham passado por tratamento de radioterapia na infância;
– Traumas ou infecções frequentes no testículo;
– Exposição à radiação.
Como diagnosticar o câncer de testículo
Os sintomas mais comuns são o aumento do testículo e o surgimento de um nódulo palpável. Além disso, outros sinais também podem estar associados ao desenvolvimento deste tipo de câncer, incluindo gânglios na virilha e dor pélvica. Quando a doença atinge outros órgãos, como pulmão ou os ossos, pode causar também falta de ar ou dor óssea, respectivamente.
O autoexame dos testículos é um dos métodos mais simples e eficazes para diagnosticar precocemente a doença. É importante buscar auxílio do médico urologista ao sentir nódulos duros no testículo, confirmando ou descartando suspeitas através de exames clínicos e de imagem, através dos quais é possível localizar a lesão e determinar a extensão do câncer de testículo.
1. Ultrassom
Geralmente, o ultrassom é o primeiro exame realizado na suspeita de câncer de testículo. O exame distingue certas condições benignas de um tumor sólido que pode ser maligno. Se o nódulo for sólido, provavelmente é câncer, e outros exames devem ser solicitados.
2. Raio–X
O raio-x pode ser recomendado para verificar se a doença se disseminou aos pulmões.
3. Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada permite avaliar o tamanho e a localização exata do câncer de testículo, além de determinar se os linfonodos estão aumentados e se a doença se espalhou para outras regiões, como fígado, pulmões, entre outros órgãos
4. Ressonância Magnética
A ressonância magnética é indicada quando há suspeita de disseminação da doença para o cérebro e medula espinhal, pois gera imagens que permitem verificar o tamanho e a localização de um tumor de testículos, bem como a presença de metástases.
5. Tomografia Emissão de Pósitrons
Também conhecido como PET scan, este exame permite detectar se o câncer de testículo se disseminou para os linfonodos ou outras estruturas e órgãos do corpo. É um exame útil para tumores seminomas do que para não seminomas.
6. Cintilografia Óssea
Este exame demonstra se a doença se disseminou para outros ossos, além de mostrar o dano que o tumor causou aos ossos.
Tratamento e chances de cura do câncer de testículo
Após diagnosticado e verificado o estágio da doença, o médico discute com o paciente sobre as melhores opções de tratamento, que podem incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e até transplante de células tronco. As técnicas podem ser combinadas entre si para buscar melhores resultados ao portador do câncer.
A principal recomendação para tumores malignos é a remoção cirúrgica do testículo atingido. No entanto, em pacientes mais jovens que queiram ter filhos e são acometidos por tumores nos dois órgãos simultaneamente, a conduta indicada é a de manter os testículos.
Atualmente, as técnicas cirúrgicas foram melhoradas e os médicos possuem maior entendimento sobre métodos de administração de quimioterapia e radioterapia nos diferentes tipos de câncer de testículo. A taxa de cura é bastante alta, mesmo em pacientes com doença avançada, chegando a 90% em termos gerais, e acima de 98% em tumores localizados.
É essencial alertar a população masculina, especialmente os jovens, a fazerem o autoexame, além do exame clínico periódico.
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