Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), só no Brasil cerca de 30% das mortes são decorrentes de complicações do coração, sendo a maior parte relacionada a hipertensão arterial. Por este e outros motivos, no Dia Mundial do Coração chamamos a atenção para os cuidados com este órgão com dicas práticas e relevantes para ter um coração saudável.
1. Pratique atividades físicas
Sabe-se que o coração é um órgão muscular. Logo, quanto maior o estímulo, maior será a sua capacidade cardíaca. Por isso, a prática de atividades físicas é de grande importância para manter um coração forte e resistente.
Os exercícios aeróbicos como a corrida, por exemplo, ajudam a estimular e condicionar o coração. É na corrida também que é liberada a endorfina, um neuro-hormônio produzido pela glândula hipófise, localizada no cérebro. É ela que dá a sensação de bem-estar, que permanece durante e após o exercício físico.
2. Alimente-se bem
Manter uma alimentação saudável muitas vezes requer um processo de reeducação. O mais indicado é buscar a ajuda de um profissional nutricionista para estabelecer uma dieta balanceada, incluindo legumes, vegetais e frutas. Esses três grupos de alimentos têm a função de prevenir doenças, ajuda a manter a imunidade alta e a proteger o nosso organismo contra infecções. Isso porque eles possuem vitaminas, minerais e fibras essenciais para proteger o organismo contra possíveis doenças.
Alimentos integrais também têm grande benefício para a sua saúde, ajudando no funcionamento do intestino por conter fibras e proporcionando maior saciedade.
Uma substituição inteligente é trocar as frituras por assados ou grelhados, que são tão saborosos quanto, além de terem a vantagem de níveis menores de gordura.
3. Fique longe de cigarros
Doenças nos pulmões são o primeiro problema que vem à cabeça quando se pensa em tabagismo. Mas o vício tem malefícios ainda mais agravantes. O cigarro também afeta a saúde cardiovascular.
Ele ataca diretamente o endotélio (parede celular que recobre os vasos sanguíneos) e interfere na produção de óxido nítrico (substância que os protege). Com isso, as artérias ficam mais vulneráveis e tendenciosas ao acúmulo de gordura, podendo provocar o entupimento delas. O bombeamento de sangue também fica prejudicado porque há uma resistência maior na ação voluntária de contração e relaxamento das artérias.
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4. Modere na bebida alcóolica
Dentre diversos problemas de saúde que o consumo excessivo de álcool pode causar, muitas delas irreversíveis, o coração está entre os mais prejudicados. Isso porque ele fica suscetível a desenvolver problemas como cardiomiopatia, hipertensão e arritmias.
Não somente pessoas em grupo de risco a desenvolver problemas cardíacos estão sujeitas a desenvolver doenças cardiovasculares. Pessoas saudáveis que exageram no álcool em um curto período também correm esse risco.
Entre os malefícios estão: danos causados na célula muscular cardíaca (miocardiopatia alcoólica), fechamento das artérias, que pode ocasionar infarto, além de arritmias devido à alteração dos batimentos cardíacos, todos eles podendo levar a uma parada cardíaca.
5. Realize exames periódicos
É mais do que recomendado que sejam feitos exames periódicos para se certificar da saúde do seu coração. Na consulta médica é realizada a aferição da pressão arterial e ausculta para verificar os batimentos cardíacos. Outros exames mais específicos podem ser requisitados pelo médico cardiologista, como eletrocardiograma, teste ergométrico (da esteira) para verificar as reservas cardíacas e o ecocardiograma para verificar a anatomia do coração e possíveis hipertrofias. Também há outros exames mais completos e específicos para cada caso, como angiotomografia de coronárias, tomografia com score se cálcio e ressonância magnética cardíaca.
Existem alguns fatores que enquadram uma pessoa no grupo de risco de problemas cardíacos. O principal deles é o histórico familiar, que pode se dividir em dois grupos: o das pessoas que já nascem com problemas cardíacos ou aqueles que desenvolvem ao longo da vida, também por motivos genéticos. Para as pessoas que se enquadram nestas situações, realizar exames periódicos é fundamental.