Você sabia que existem diferentes tipos de ultrassom realizados na gestação? Este exame já é bem conhecido da maioria das pessoas, mas cada modalidade tem tempo certo para ser realizada e analisa parâmetros diversos do crescimento e desenvolvimento do bebê.
O aparelho em que os exames são realizados é o mesmo, não utiliza radiação ionizante e forma imagens através de ondas de som em alta frequência. O ultrassom, não audível ao ouvido humano, ao alcançar as estruturas profundas, no caso o útero e o bebê, produz um eco que é captado e permite ao aparelho formar as imagens.
Neste post iremos explicar as principais diferenças entre o ultrassom obstétrico (simples), ultrassom obstétrico com Doppler, ultrassom morfológico e o ultrassom 3D e 4D e quando eles devem ser realizados.
Ultrassom Obstétrico (simples)
É o exame tradicional que a maioria de nós conhece. Ele permite visualizar o bebê dentro do útero, avaliar sua posição, seus movimentos, tamanho e peso. Traz informações importantes também sobre a placenta e líquido amniótico.
Pode ser realizado em qualquer momento da gestação, conforme solicitação médica. No primeiro trimestre, geralmente é realizado por via endovaginal e após, no segundo e terceiro trimestres, por via abdominal.
Ultrassom Obstétrico com Doppler
A avaliação Doppler é um recurso do aparelho de ultrassom que permite avaliar questões circulatórias em relação à mãe e ao feto. Através dele, podemos saber como está o fluxo sanguíneo no cordão umbilical e na placenta, como chega a irrigação sanguínea ao útero materno e como procede a circulação nos principais órgãos do bebê.
É útil em vários momentos da gestação. No início, ajuda a predizer o risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia e restrição de crescimento intrauterino, ao avaliar as artérias uterinas. No meio e final da gestação, traz importantes informações sobre o bem-estar fetal, informando índices do cordão umbilical e na artéria cerebral média.
Em casos de restrição de crescimento e sofrimento fetal, é imprescindível para informar parâmetros que apontam o momento mais adequado para interrupção da gestação.
Ultrassom morfológico (primeiro trimestre)
Avalia algumas questões mais específicas da formação fetal, em órgãos e sistemas já identificados nessa fase da gestação. Exemplos são malformações maiores no coração, bexiga, rins e cérebro.
Também permite avaliar algumas estruturas que, se alteradas, podem apresentar relação com síndromes genéticas, como osso nasal e transluscência nucal, no caso da Síndrome de Down.
Deve ser realizado entre 12 e 14 semanas de gestação.
Ultrassom morfológico (segundo trimestre)
Além das avaliações realizadas nos exames obstétricos de rotina (simples), ele estuda mais profundamente a formação de órgãos e sistemas corporais do feto. É focado para pesquisa de anormalidades, doenças e malformações.
Algumas das alterações que podem ser identificadas pelo ultrassom morfológico são: lábio leporino, pé torto, espinha bífida, anencefalia, hidrocefalia, hérnia diafragmática, alterações renais e malformações cardíacas.
Este exame é recomendado no segundo trimestre da gestação, entre 20 e 24 semanas, quando o bebê já estiver suficientemente desenvolvido.
Ultrassom 3D e 4D
Através de um transdutor especial, acoplado ao aparelho de US, é possível avaliar estruturas superficiais, como face e genitália, com maior nitidez. Pode auxiliar no diagnóstico de alterações superficiais como lábios leporinos. O 3D é a apresentação da imagem estática (foto) o 4D desta imagem em movimento (filme), sendo possível a visualização dos movimentos fetais com o recurso de maior nitidez.
Pode ser realizado em qualquer momento da gestação, com imagens mais nítidas e bonitas com o bebê maior e com mais peso, por volta das semanas 28 a 30. Limitantes em relação à qualidade do exame envolvem quantidade de líquido amniótico, posicionamento fetal e biotipo materno (a obesidade materna é prejudicial para formação de imagens).
Na Ecomax, ele precisa ser realizado junto com algum outro exame obstétrico, mediante pedido médico.
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