O diabetes mellitus, ou simplesmente diabetes, é uma doença que atualmente afeta mais de 13 milhões de pessoas somente no Brasil, o que significa quase 7% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Trata-se de uma doença metabólica crônica em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue e o corpo não consegue produzir insulina ou não consegue empregar de forma adequada a insulina que produz.
Em atenção ao Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, esclarecemos algumas das principais dúvidas sobre esta doença:
O que é insulina?
A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas, que regula a quantidade de glicose no sangue. É ela que transforma a glicose dos alimentos em fonte de energia. Na pessoa com diabetes o organismo não fabrica insulina adequadamente. Isso faz com que a pessoa tenha hiperglicemia, ou seja, um alto nível de glicose no sangue. Se viver desta forma por longos períodos isso pode prejudicar órgãos, nervos e vasos sanguíneos.
Quais os tipos de diabetes que existem?
Os principais tipos de diabetes são o 1 e 2 e o diabetes gestacional. No diabetes Tipo 1 a pessoa já possui uma predisposição genética para desenvolver a doença. Nestes indivíduos o sistema imunológico ataca as células beta, fazendo com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada para o corpo. O Tipo 1 responde de 5% a 10% dos casos totais da doença e normalmente é diagnosticado na infância ou adolescência, embora também possa ser descoberto somente na fase adulta.
Já o diabetes Tipo 2, observado em cerca de 90% dos casos, ocorre mesmo sem a predisposição genética quando o organismo não consegue produzir insulina suficiente para regular os níveis de glicose no sangue. É mais comum em adultos, mas também pode ser observado em crianças e adolescentes.
Já o diabetes gestacional é uma condição temporária que, como o nome diz, ocorre somente em gestantes.
Quais são os principais fatores de risco para diabetes Tipo 2?
Por não contar com a predisposição genética que faz os anticorpos atacarem as células beta, o desenvolvimento de diabetes Tipo 2 está mais relacionado ao estilo de vida, principalmente nos seguintes casos:
- Diagnóstico de pré-diabetes (diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada);
- Pressão alta;
- Colesterol alto ou alterações nas taxas de triglicérides no sangue;
- Sobrepeso, principalmente quando houver grande concentração de gordura abdominal;
- Histórico familiar de diabetes;
- Síndrome de ovários policísticos.
Quais os principais sintomas do diabetes?
Os sintomas mais comuns incluem a astenia (fraqueza), vontade frequente de urinar e aumento da sede (polidipsia) e da fome (polifagia). Quando não é tratado, o diabetes pode gerar complicações agudas e crônicas. De forma rápida, quando muito descontrolada pode causar a cetoacidose com evolução para coma e até mesmo a morte. Entre as complicações a longo prazo estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doença renal crônica, úlceras no pé e retinopatia diabética.
Existe alguma dieta para evitar diabetes?
A alimentação saudável é imprescindível para qualquer pessoa, com ou sem diabetes. Por mais que a perda de peso para algumas pessoas ajude-as a levar uma vida saudável, não é recomendada a adoção de dietas altamente restritivas, principalmente sem acompanhamento profissional. Uma alimentação balanceada, com planejamento e acompanhamento de um médico e um nutricionista, adequada ao seu perfil é muito mais eficiente tanto na perda de peso como em uma vida mais saudável, que afaste o risco de doenças como o diabetes.
Quais os principais cuidados que alguém com diabetes precisa tomar?
Embora os cuidados específicos variem muito dependendo do quadro clínico de cada indivíduo, a adoção de um estilo de vida saudável com bons hábitos alimentares e atividades físicas são recomendadas a todos os pacientes diagnosticados com diabetes.
Algumas pessoas conseguem controlar o diabetes somente com esta mudança de estilo de vida e medicamentos orais. Em pessoas com diabetes Tipo 1 ou em alguns casos de Tipo 2 é necessária a aplicação de insulina para controlar a doença.