Você já deve ter ouvido que o apêndice não serve para nada além de inflamar. Mas a verdade é que este órgão linfático ligado ao intestino grosso tem sua função. Em 2007 cientistas da Universidade Duke, nos EUA, divulgaram que a função do apêndice é fabricar e servir como depósito de bactérias que auxiliam na digestão. Além disso, ele também possui células linfoides, que produzem anticorpos e ajudam nas defesas do organismo.
Ainda assim, é possível viver perfeitamente bem sem apêndice. Isso porque a sua função era muito útil milênios atrás. O estoque de bactérias boas do apêndice ajudava as pessoas a recuperarem a flora intestinal após um episódio severo de diarreia, por exemplo. Hoje em dia já conseguimos suprir estas faltas de outras formas. Ou seja, o apêndice tem sua função, mas ela apenas é complementar, permitindo que uma pessoa viva sem nenhum tipo de complicação sem a sua presença.
Apendicite: A principal ameaça ao apêndice
Geralmente as pessoas apenas se lembram da existência do apêndice quando ele inflama, causando a apendicite. Geralmente ela está relacionada a casos em que um corpo estranho obstrui esta estrutura, levando a inchaço e ao aparecimento de um abcesso em sua ponta. Este corpo estranho pode ser: pequenas porções de fezes, um parasita ou até sementes de frutas.
Mais comum em adultos dos 20 aos 30 anos, a apendicite atinge ou vai atingir cerca de 0,25% da população brasileira, podendo acometer pessoas de todas as idades. O quadro da inflamação ocorre de forma rápida, podendo levar inclusive à morte em casos extremos não tratados. Por isso, é essencial buscar a assistência médica o quanto antes.
Para identificar um possível caso de apendicite, fique atento aos principais sintomas:
– Dor abdominal constante na região do umbigo e/ou no lado direito do abdômen inferior;
– Inchaço e rigidez abdominal;
– Dificuldade em mexer a perna direita;
– Febre;
– Vômito;
– Diarreia.
Diagnóstico de apendicite
Além dos sintomas descritos pelo paciente, o diagnóstico da apendicite envolve o exame físico que tem como avaliação essencial a palpação da região mais baixa, à direita do abdômen, pelo médico. Além disso, a investigação pode ser complementada com exames laboratoriais como hemograma e exame de urina.
Métodos de diagnóstico de imagem também são importantes no diagnóstico da apendicite. Os exames mais solicitados são o ultrassom e a tomografia computadorizada, ambos realizados pela Ecomax. A solução para a inflamação é a remoção do apêndice.
Embora não exista uma forma 100% eficaz de prevenir a apendicite, sabe-se que ela está associada ao mau funcionamento do intestino. Para melhorar a saúde do órgão, recomenda-se uma alimentação balanceada e uma dieta rica em fibras, com frutas e verduras. As fibras ajudam a diminuir o tempo de trânsito intestinal das fezes, evitando que elas estacionem no apêndice.
Diante da suspeita de apendicite, deve-se procurar a ajuda médica o quanto antes, já que o quadro pode evoluir rapidamente, ameaçando o bem-estar e até mesmo a vida do paciente.