Os rins são órgãos que filtram o sangue para eliminar toxinas, controlar a quantidade de água e de sal no corpo, além de ajudar a controlar a pressão arterial e produzir hormônios que impeçam a anemia e a perda de cálcio dos ossos. Eles também são responsáveis por eliminar medicamentos e outras substâncias ingeridas. Com um papel tão importante é fundamental evitar as doenças renais.
Um levantamento da Sociedade Brasileira de Nefrologia aponta que 850 milhões de pessoas em todo o mundo tenham doença renal. A cada ano a Doença Renal Crônica é responsável por pelo menos 2,4 milhões de mortes. A maior preocupação dos especialistas é de que este número vem crescendo.
Outro motivo de preocupação apontado ao Blog do Ministério da Saúde pela diretora de Políticas Associativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Cinthia Vieira, é a demora no diagnóstico por se tratar de uma doença silenciosa. “No Brasil um em cada 10 brasileiros vai ter algum tipo de doença renal. Ele tem e não sabe, porque a doença renal é silenciosa. Ela não apresenta sintomas maiores”.
A nefrologista aponta ainda que nos casos em que a função renal se encontra abaixo de 10% o paciente entrará em hemodiálise, diálise peritoneal ou irá precisar de transplante. Ela destaca também que os principais fatores de risco para doenças renais são:
– Hipertensão arterial;
– Diabetes;
– Histórico familiar de doenças renais.
Além destes, os fatores que também podem prejudicar a saúde dos rins são:
– Obesidade;
– Fumo;
– Uso de medicações tóxicas.
Alimentação ajuda a evitar doenças renais
Um dos primeiros passos para evitar doenças renais é cuidar da alimentação, principalmente quando o assunto é o uso do sal. Enquanto a recomendação diária de ingestão de sal é de apenas 2g no Brasil a média de consumo é 6x maior, com 12g de ingestão diária.
Além de cortar o sal o consumo de água deve ser reforçado. Isso porque a água ajuda a filtrar a urina, enquanto a desidratação pode piorar quadros de cálculo renal, as famosas pedras nos rins. Beber água em abundância evita que os cristais fiquem muito tempo na urina, o que forma pedras maiores. O ideal é não esperar ficar com sede, pois isso já é um sinal de desidratação. Uma boa solução é sempre andar com uma garrafinha d’água e contar com a ajuda de aplicativos e alarmes que o ajudem a lembrar de beber água ao longo do dia.
Realizar exames periódicos de urina é uma boa alternativa para detectar a possibilidade de uma doença renal nos estágios iniciais, aumentando as chances de cuidar melhor da saúde e evitar que o quadro se agrave. Idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com histórico de doença renal na família devem estar particularmente atentos a estes exames.
Exames de imagem que identificam doenças renais
Além das evidências clínicas e dos exames de urina, alguns exames de imagem podem auxiliar na busca de um diagnóstico definitivo, que possibilite o início do tratamento. O cálculo renal pode ser diagnosticado por meio de raio-X, ultrassom ou através da tomografia computadorizada.
Já as doenças renais crônicas geralmente apresentam alterações no tamanho, formato e contornos dos rins, que podem ser vistos em exames como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Vale lembrar ainda que as biópsias renais guiadas por exames de imagem, principalmente por ultrassom, são o meio de coleta de material para o diagnóstico definitivo de várias doenças que levam à disfunção renal.