Você sabia que o infarto em mulheres, diferentemente dos homens, pode apresentar outros sintomas e até mesmo maiores riscos? Para que esta doença não seja negligenciada no público feminino, é preciso que elas tenham toda a atenção quanto à saúde do seu coração.
O infarto, popularmente conhecido como ataque cardíaco, acontece, principalmente, devido à aterosclerose, quando placas de gordura se acumulam no interior das artérias, obstruindo a passagem do sangue, levando à formação de coágulos e interrompendo o fluxo sanguíneo
Um dos sinais mais conhecidos de que a pessoa está passando por um infarto é a dor no peito ou no braço esquerdo. No entanto, é preciso compreender que outros sintomas podem estar associados à doença, requerendo socorro imediato, pois quanto mais ágil for o atendimento, menores as chances de desenvolvimento de sequelas e de um tratamento mais efetivo.
Diferenças nos sintomas de infarto em mulheres e em homens
O infarto nas mulheres pode se apresentar como uma dor genérica, difícil de identificar, pois não é lancinante como a usual, relatada por homens. Grande parte da amostragem feminina descreve a dor no peito mais como um aperto ou pressão, não como uma dor aguda. Os sintomas não ocorrem simultaneamente, sendo que muitas mulheres relatam apenas um deles, enquanto outras podem ter uma combinação de sinais da doença.
Os vestígios mais comuns entre pacientes do sexo feminino são:
– Ardência na pele;
– Dor na região do pescoço, ombros, rosto e mandíbula;
– Falta de ar;
– Fadiga;
– Palpitações.
O infarto em mulheres representa um grande risco
Um estudo da Associação Americana de Cardiologia indica que a estimativa da sobrevida após um infarto em mulheres é de 5,5 anos, enquanto para homens é de 8,2 anos. O risco da doença para elas é maior, com recorrências de 17% para homens e de 21% para mulheres.
No Brasil, as doenças do coração representam cerca de 30% das causas de morte no público feminino, ultrapassando estatísticas de câncer de mama e de útero. As doenças cardiovasculares acometem mulheres geralmente entre seus 15 e 49 anos, segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A própria instituição prega que o coração das mulheres merece mais atenção e cuidados, pois possui uma fisiologia diferenciada, sendo ligeiramente menor, pesando menos e ejetando menos sangue pelo corpo, fazendo com que a circulação coronariana seja mais estreita do que a encontrada em homens.
Mesmo com estes alertas, as mulheres tendem a levar mais tempo para detectar doenças do coração, assim, juntamente com um quadro de sintomas menos claros, acabam correndo maiores riscos de não receberem o diagnóstico correto a tempo de ser adequadamente tratado.
Diagnóstico e prevenção do infarto em mulheres
Para investigar e diagnosticar corretamente o infarto em mulheres, exames de sangue e de imagem podem ser requisitados pelo médico cardiologista. Além dos mais comuns, como o raio-x do tórax, outros métodos fornecem maior detalhamento da saúde do coração, como a tomografia computadorizada de score de cálcio coronariano, que detecta cálcio nas artérias coronárias, aumentando o risco cardiovascular.
A ressonância magnética cardíaca também pode ser solicitada para avaliar como está a função do coração, sendo um dos procedimentos mais completos para averiguar o músculo cardíaco. Bem como a angiotomografia coronariana, que permite o acompanhamento do sistema circulatório de maneira não invasiva.
A prevenção do infarto em mulheres passa por ter conhecimento do próprio histórico familiar de doenças e os possíveis fatores de risco associados a ele e ao estilo de vida que a paciente adota. A conscientização e pequenas mudanças nos hábitos do dia a dia podem ser definitivos para combater as patologias do coração, como a redução no consumo de gordura, de bebidas alcoólicas, de cigarro e do sedentarismo.
No público feminino, o estresse provocado pela rotina corrida, de dupla ou tripla jornada, envolvendo profissão, cuidados domésticos e com filhos ou pais, a falta de tempo para exercícios físicos e a má alimentação são alguns dos maiores desencadeadores de infarto e outros problemas cardíacos. Além disso, casos de hipertensão, diabetes e colesterol alto precisam ser acompanhados de perto, requerendo ainda mais visitas ao cardiologista e consequentes check-ups.
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