No mês de conscientização sobre a saúde do homem, o Novembro Azul, chamamos a atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, que é a melhor forma de se curar da doença. O assunto é particularmente importante, já que atualmente vem se observando o aumento do número de casos no nosso país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) a estimativa em 2018 foi de quase 70 mil novos casos somente no Brasil.
Este é considerado um câncer da terceira idade, já que 75% dos casos em todo o mundo ocorrem após os 65 anos. Trata-se do segundo tipo de câncer mais comum em homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
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Por que o diagnóstico precoce do câncer de próstata é importante na recuperação
Não há uma forma 100% eficaz de evitar o desenvolvimento de um câncer. Existe, sim, uma recomendação para a adoção de hábitos saudáveis, que ajudam a evitar o surgimento da doença, mas há também fatores sobre os quais não se tem controle, como predisposição genética, que também podem causar câncer, inclusive o de próstata.
Levando em consideração que alguns dos tumores da próstata podem crescer de forma rápida e se espalhar para outros órgãos, levando à morte, quanto mais cedo a sua identificação, maiores as chances de cura. É por isso que exames frequentes são considerados uma forma de prevenção, já que ajudam a evitar que o câncer leve à morte.
Há uma certa controvérsia sobre a idade ideal para começar a fazer os exames de rastreamento, por isso, o ideal é fazer consultas periódicas com o médico e conversar com ele sobre qual idade seria mais adequada, baseando-se no histórico clínico de cada paciente. De forma geral, os primeiros exames são recomendados entre os 40 e 50 anos, principalmente para quem tem parente próximo com diagnóstico de câncer de próstata.
Além dos fatores genéticos hereditários, também são considerados grupos de risco homens com excesso de gordura corporal e aqueles que tenham sido expostos continuamente a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas.
Como é feito o diagnóstico
A combinação do resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA) e do exame clínico (toque retal) pode sugerir a existência de tumores na próstata. A decisão de qual deles deve ser realizado primeiro, como forma de rastreamento, deverá ser discutida com o médico, que indicará o melhor exame de acordo com o perfil do paciente.
Como estratégia complementar pode ser realizada a ultrassonografia de próstata por via transretal ou a ressonância magnética multiparamétrica da próstata, em busca das lesões tumorais.
O diagnóstico definitivo é feito através do estudo histopatológico do tecido obtido na biópsia guiada por ultrassom. O resultado irá informar a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação. Com o diagnóstico é possível determinar o melhor tratamento para o paciente, que pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia, reposição hormonal, entre outras técnicas que serão indicadas de forma individualizada.
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