O Alzheimer é uma doença degenerativa que progride com o tempo e que não tem cura. É uma das condições associadas à senilidade, uma vez que é mais frequentemente observada em pessoas idosas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente cerca de 36 milhões de pessoas sofrem com a doença em todo o mundo. A estimativa é de que esse número triplique até 2050.
Embora seja frequentemente associado à perda de memória, o Alzheimer pode apresentar outros sintomas, tornando o seu diagnóstico ainda mais desafiador. As causas da doença são desconhecidas e a medicina está em constante processo de descobertas sobre tudo o que envolve o Alzheimer, como predisposições, maneiras de prevenir e até mesmo sinais que já podem surgir mais cedo, antes mesmo da terceira idade.
Para compreender um pouco melhor o que já se sabe sobre a doença de Alzheimer, respondemos às principais dúvidas sobre ela:
Quais sintomas são associados ao Alzheimer?
Os principais sintomas associados à doença de Alzheimer são:
– Perda da memória para lembranças recentes;
– Repetir a mesma pergunta ou frase várias vezes;
– Dificuldade para acompanhar conversas e raciocínios complexos;
– Incapacidade de resolver problemas;
– Dificuldade para dirigir e se localizar, mesmo em caminhos conhecidos;
– Dificuldade para conseguir explicar verbalmente seus sentimentos ou ideias;
– Dificuldade de identificar pessoas conhecidas;
– Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendências ao isolamento.
Existe algum fator de risco para o Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença de causas desconhecidas, mas que tem a idade como principal fator para o seu desenvolvimento. Após os 65 anos de idade, o risco de desenvolver o Alzheimer dobra a cada cinco anos. O histórico familiar também deve ser considerado, uma vez que estudos já observaram que pessoas com parentes que tenham Alzheimer apresentam mais chances de desenvolver a doença. No entanto, é importante frisar que não se trata de uma condição hereditária.
O estilo de vida, principalmente quando associado a outras comorbidades, também pode contribuir com o desenvolvimento da doença. Tabagismo e sedentarismo combinados com hipertensão, diabetes e obesidade também podem ser associados ao Alzheimer.
Como é feito o diagnóstico?
Na maioria das vezes o diagnóstico do Alzheimer é clínico, levando em consideração o declínio progressivo da memória através de testes neuropsicológicos. Porém, muitas vezes os sintomas da doença são confundidos com o processo de envelhecimento normal, levando ao diagnóstico tardio e prejudicando a qualidade de vida do paciente.
O diagnóstico preciso inclui também avaliação por exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética, ambos realizados pela Ecomax. Estes exames auxiliam tanto na descoberta da doença como na eliminação de outras possíveis causas dos sintomas.
O Alzheimer tem cura?
Um dos aspectos mais temidos da doença de Alzheimer é o fato de que ela não tem cura. Porém, com o diagnóstico precoce e os avanços da medicina, os pacientes podem contar com maior sobrevida e melhor qualidade de vida. A abordagem para o tratamento pode ser farmacológica e não farmacológica.
O tratamento farmacológico envolve a administração de medicamentos que inibam a degradação da acetilcolina, uma substância que se encontra em quantidades reduzidas no cérebro de pacientes com Alzheimer. Isso permite uma melhora inicial dos sintomas, bem como o retardamento da evolução da doença.
Já a abordagem sem uso de medicamentos diz respeito à estimulação cognitiva, social e física para preservar as habilidades cerebrais. Essas atividades envolvem exercícios de atenção, memória, linguagem, entre ouros, e devem ser orientadas por profissionais especializados, que sabem a abordagem correta sem fazer com que o paciente se sinta sobrecarregado.
Existe alguma forma de prevenir a doença?
Manter um estilo de vida saudável e ativo, tanto físico quanto intelectualmente, são apontados como maneiras que ajudam a prevenir o Alzheimer ou ao menos reduzir o seu impacto. Ter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes — em especial magnésio, zinco, ômega 3, vitamina B12, entre outros associados à saúde do sistema nervoso — auxilia a manter a mente mais saudável.
Da mesma forma, praticar atividades físicas, principalmente em ambientes externos, e exercícios de raciocínio também são consideradas boas práticas para evitar a demência e doenças relacionadas. Ter um círculo social, viajar, ler e aprender novas habilidades e idiomas também auxiliam para manter a mente ativa.
A boa notícia é que todos esses cuidados podem ser adotados o quanto antes, não apenas quando os sintomas se manifestam. Adotar uma vida saudável hoje é investir em um futuro mais ativo, sadio, com qualidade de vida e ótimos momentos para guardar na memória.
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